Nem a ausência dos parlamentares convidados à reunião desta quarta-feira (26) para discutir o aumento do Fundo Eleitoral, na ACIT (Associação Empresarial de Tubarão), desmotivou os empresários, que saíram do encontro engajados pela união de esforços. O resultado será um documento que esclarece o posicionamento das Associações Empresariais incluídas nas regiões Sul e Extremo Sul da FACISC (Federação das Associações Empresariais de SC), unanimemente contrárias ao aumento do chamado “Fundão”.
“Com transparência e de modo apartidário, este posicionamento é importante pois as empresas e a sociedade não devem arcar com os custos deste fundo, quando precisamos de tantos outros investimentos como na saúde, na educação, infraestrutura e tantos outros prioritários”, salientou o presidente da ACIT, Gean Carlo de Bom da Silva.
“Os políticos não estão representando em momento algum quem move a força motriz do país, os empresários, que não vivem de promessas, precisam pagar impostos, funcionários e suas despesas em dia. Se as empresas não sobreviverem a economia acaba”, disse o vice presidente regional Extremo Sul da FACISC, Ubirajara Pickler.
“Existe um posicionamento da Federação que deve ganhar ainda mais força com a nossa mobilização. Precisamos manter este movimento entre nós e em parceria com a imprensa informar o público sobre tudo o que esta acontecendo. Este é o primeiro passo de uma caminhada que precisa se estender e se ampliar e ganhar cada vez mais corpo e força, baseados na unidade”, ressaltou o vice presidente regional Sul da Federação, Pedro Kuesnicow.
As regiões Sul e Extremo Sul da FACISC compreendem 22 Associações Empresariais filiadas ao sistema, totalizando 4.372 empresas associadas, que juntas somam aproximadamente 28 mil empregos diretos.
Documento
O teor do documento que está sendo elaborado como resultado da reunião de ontem, deverá destacar a unanimidade de posicionamento entre todas as Associações envolvidas, de Passo de Torres a Garopaba, contrário ao aumento do Fundo Eleitoral. Também será ressaltada a falta de comprometimento com a gestão dos recursos públicos. Haverá a recomendação para que as Associações sejam ainda mais criteriosas ao receber candidatos às vésperas das campanhas eleitorais, e estará se buscando em parceria com outras entidades de âmbito estadual e federal, um caminho jurídico contrário ao aumento do Fundo Eleitoral.
O Fundo Eleitoral foi criado em 2017, por meio de Lei Federal, sendo que os recursos liberados são definidos pela Lei Orçamentária Anual (LOA). Em 2020, este recurso somou cerca de R$ 2 bilhões e, em 2021, o Congresso Nacional aprovou o projeto para elevar os recursos de campanha para R$ 5,7 bilhões.
Para a reunião de ontem, foram convidados os senadores Dario Berger e Esperidião Amin e os deputados federais Angela Amin, Carlos Chiodini, Celso Maldaner, Darci de Matos, Fabio Schiochet, Pedro Uczai, Helio Costa e Rogerio Peninha, parlamentares que votaram a favor do aumento do Fundo Eleitoral.
Elke Schuch Borges
Assessora de Comunicação
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